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Misericórdias solidárias contra COVID-19


“Hoje somos nós a ajudar, amanha seremos nós a ser ajudados”. De acordo com o Secretariado Regional de Coimbra, liderado por António Sérgio Martins, Provedor da Misericórdia da Pampilhosa da Serra, ao longo dos últimos dias vários têm sido os casos de dificuldade de apoio por parte da chamada “Brigada de Intervenção Rápida”, de natureza distrital e constituída pela Segurança Social em articulação com outras entidades. Exemplo disso, foi a dificuldade dessa Brigada ser deslocada para a Misericórdia de Condeixa-a-Nova que se depara com um surto muito significativo no seu Lar de Idosos / ERPI, tendo, à data do fecho da edição, mais de 70 casos ativos, entre utentes e colaboradores. Essas Brigadas foram compostas e criadas como resposta para intervir em situações de ausência temporária de capacidade de resposta pelas próprias Instituições, quando afetadas por casos de infeção pela COVID-19. Contudo, tem-se verificado que a dimensão desta Brigada distrital tem sido insuficiente, assim como a sua agilidade não se tem coadunado com as necessidades verificadas no terreno por parte de algumas Instituições. Razões que levaram a que as Misericórdias do Distrito de Coimbra, sob a coordenação e orientação do seu Secretariado Regional, se tivessem mobilizado para, de forma solidária, partilharem recursos humanos de primeira linha. Nesse sentido, as Misericórdias da Pampilhosa da Serra, Arganil e Vila Nova de Poiares, integraram alguns dos seus elementos nesta “Equipa de Resposta Solidária”, que se encontra no terreno a apoiar a sua congénere de Condeixa-a-Nova. Para António Sérgio Martins, “as Misericórdias perceberam que não era possível deixarem de se solidarizarem entre si, especialmente quando as respostas do Estado podem tardar, e por isso uniram-se para se apoiarem mutuamente.” De acordo com o mesmo responsável, “a expetativa é a de que esta equipa, composta por profissionais voluntários de cada uma das Instituições, possa ser alargada com a participação de outras Santas Casas que se começam a organizar nesse sentido”. Deu ainda nota de que, “é nos momentos de maiores dificuldades que estas Instituições conseguem sobressair naquilo que as caracteriza melhor, e neste caso é a solidariedade fraterna. Todas estas Instituições têm os seus próprios problemas, nomeadamente de COVID-19, mas uniram-se para ajudar os outros, cumprindo dessa forma o espirito de Natal e as suas obras de Misericórdia.” Terminou dizendo, “hoje somos nós a ajudar, amanha seremos nós a ser ajudados”.

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